quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Top 3 melhores términos de namoro em séries da The CW.

1º Lana e Clark - Smallville 814
Após um tempo afastada da série Lana volta e dessa vez tem a despedida final e decisiva com Clark. Essa foi minha série preferida por um longo tempo e ver esse casal separando foi bem marcante. O plano do vilão deu certo e Clark poderia morrer apenas por ficar perto do seu primeiro amor. Triste fim.
"- Se estamos um no coração do outro. Eu sempre estarei com você. Seja como for. Eu te amo."

2º Brooke e Lucas - One Tree Hill 401
Entre indas e vindas meu casal preferido da série acabou por não ficar junto. Brooke termina com Lucas dizendo coisas tão recentidas por ela que deixa, vejam só, Lucas sem palavras, talvez por saber serem verdades. A música desse vídeo não está na cena original, mas bem poderia de tão linda e casada com a cena como ficou.
"- Mas passamos dias sem ter uma conversa que tenha sentido. E eu sentia tanto a sua falta quando isso acontecia. Mas nunca parecia que você sentia a minha falta. Acho que por isso parei de sentir a sua falta."

3º Blair e Chuck - Gossip Girl 402
Cena deslumbrante! Cenário, iluminação, figurino, música, texto e atores tudo perfeito para este reencontro/ despedida entre Blair e Chuck. Um raro momento de quietude melancólica entre duas pessoas tão afiadas e cheias de arestas pontudas Só coloco na terceira posição pois foi um rompimento momentâneo, no fim de tudo eles acabam juntos.
"- Não te amo mais. Mas precisa de muito mais do que você para destruir Blair Waldorf.
- Seu mundo seria mais fácil se eu não voltasse.
- É verdade.Mas não seria meu mundo sem você nele."


segunda-feira, 15 de julho de 2013

Desejo e Reparação



Para o crime que Briony cometeu não existe reparação possível.
A mentira que Briony, uma menina de 13 anos, conta na noite do dia mais quente do verão de 1935 vai assolar a vida dela, de sua irmã mais velha Cecilia (Keira Knightey) e de Robbie de uma maneira que, mesmo com sua mente criativa de aspirante a escritora, ela jamais poderia prever.
E tudo motivado por uma paixonite e por uma série de mal entendidos e equívocos desencadeados por uma cena entre Cecília e Robbie na fonte e por uma carta que nunca deveria ter sido entregue. Briony embarca em uma caça as bruxas para livrar sua irmã do homem que ela considera ser um maníaco sexual. Ajudada pelas circunstâncias Briony acusa Robbie de um crime que ela jamais cometeu, mas pelo qual será punido.  Além da injustiça pelo perjúrio de uma criança ele sofrerá pelo amor que nutri por Cecilia e ela por ele. Um amor que encontrará uma forma estranha de se realizar e dependerá que Briony faça a descoberta tardia do erro atroz que cometeu em nome de uma história bem contada.
Desejo e Reparação é um filme de Joe Wright (de Orgulho e Preconceito e Anna Karenina)  é um filme lindo, tão belo quanto o livro do qual é adaptado. A fotografia entrega as cenas um charme todo especial, a trilha sonora casada com a edição de som e iluminação é incrível e muito original.


O papel de Robbie não poderia ter sido entregue a um ator melhor que James McAvoy, tem tanta verdade na sua interpretação, tem uma força e uma doçura também que não consigo fantasiar outro ator para encarnar este personagem, enquanto lia o livro só me vinha ela a mente. Keira Knightey é a musa do diretor (ela e Joe Wright já fizeram três filmes juntos, este é o segundo da parceria) e uma especialista nesse tipo de papel de uma mulher a frete do seu tempo em filmes de época. As três atrizes que interpretam Briony mostraram grande sintonia ao interpretar a mesma personagem em três tempos diferentes, da qual destaco Saoirse Ronan que faz Briony criança e segura o personagem pela primeira hora do filme.
Desejo e Reparação concorreu a 7 Oscars: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, Melhor Atriz Coadjuvante, Melhor Fotografia, Melhor Figurino, Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora categoria na qual saiu vencedor. Ganhou também o Globo de Ouro de Melhor Filme Drama e Melhor Trilha Sonora.

A adaptação para o cinema não perdeu em nada o vigor da narrativa do livro Reparação de Ian McEwan (o “Desejo” do título do filme no Brasil foi por uma questão de marketing: o estúdio achou por bem lançar a fita com nome duplo devido ao sucesso de Orgulho e Preconceito também adaptado por Joe Wright) que por ter muitas partes subjetivas que acompanham o fluxo de pensamento dos personagens poderia não ter sido bem transportado para as telas, porém os produtores souberam utilizar muito bem os recursos audiovisuais para conseguir mostrar o que é mais fácil no texto escrito.
Ter um erro do qual se envergonha e se arrepende profundamente, um peso extra que se carrega pela vida e por mais que queira encontrar uma forma de concertar a falha cometida acabar descobrindo que é impossível, é algo capaz de definir uma vida. Briony não obteve o perdão do casal apaixonado que separou, mas o pior foi não conseguir perdoar a si mesma.



"O preço dos devaneios profundos era sempre aquele momento de retorno, o reencontro do que havia antes e agora parecia um pouco pior. Sua fantasia, antes cheia de detalhes plausíveis, transformara-se numa bobagem passageira diante da massa dura do real."
Trecho retirado do livro

Atonement (Reino Unido/ França, 2007). Drama, romance, guerra. Cor. 130 min.
Direção:
Joe Wright.
Elenco:
Keira Knightey, James McAvoy, Saoirse Ronan, Romola Garai, Vanessa Redgrave.

Notas: IMDb 7.7 em 10, Metacritic 85 em 100

terça-feira, 9 de abril de 2013

Game of Thrones


Épico. É a palavra que melhor define a série Game of Thrones. Produções desse porte raramente são vistas na televisão, as grandes histórias fantásticas são quase sempre levadas as telas pelos estúdios de cinema a exemplo de O Senhor dos Anéis e Harry Potter. Mas, existe um canal de TV chamado HBO que volta e meia nos presenteia com algo grandioso, Roma e Bands of Brothers estão aí para provar. E com GoT não foi diferente, esforço e dinheiro não foram poupados para entregar uma saga épica sem igual na TV mundial atualmente.
Game of Thrones é baseada na série de livros As Crônicas de Gelo e Fogo do autor norte-americano George R.R. Martin que já conta com 5 livros publicados, cada livro rendeu uma temporada até agora, porque o terceiro livro ganhará duas temporadas. Afinal um livro de quase 900 páginas não poderia ser condensado em 10 episódios. O autor também é responsável pelo roteiro de um episódio por temporada do show.
A história de GoT se desenvolve em Westeros , uma espécie de mundo medieval onde as estações duram anos, e mostra a disputa pela conquista do Trono de Ferro e assim o controle sobre os Sete Reinos, em que famílias nobres  e poderosas se envolvem no jogo dos tronos, jogo perigoso com muito sangue, sexo e intrigas palacianas. Fatos importantes também acontecem nas terras selvagens para além da Muralha e nos continentes a leste, como nas terras livres e na baía dos escravos, onde forças malignas, feras que se achavam extintas e personagens importantes aguardam o momento certo para liberar suas forças sobre Westeros. Traições, mentiras, planos ardilosos e mortes são alguns ingredientes básicos da trama.  Aí vai um conselho para quem vai assistir ou já assiste, mas não lê os livros: não se apegue a nenhum personagem, pois ele pode ser o próximo a perder a vida de uma forma brutal.
Pontos positivos: O maravilhoso roteiro que não perde a essência dos livros, o extremo cuidado da cenografia, do figurino, da maquiagem. Os atores que deram vida os personagens já conhecidos do público e que não deixaram a desejar em nada. E a direção que acertou a mão, sendo capaz de criar cenas antológicas como: a coroação de Viserys Targaryen,  a batalha do Água Negra, os Outros para lá da Muralha, Daenerys Targaryen ressurgindo do fogo e provando ser o verdadeiro Dragão, a ascensão de Robb Stark, as coisas feitas por amor, pessoas que perderam a cabeça e outro que perdeu a mão da espada. Só posso dizer que estou ansioso para ver o que os produtores estão preparando para o Casamento Vermelho.
Ponto negativo: a quantidade de personagens que, as vezes, torna difícil se lembrar quem é quem.
Toda saga épica que se preze tem sua marca musical, aquele tema que só de ouvir já te remete à história, e o tema musical de GoT pode ser ouvida na abertura de todos os episódios. Abertura essa, aliais, que se transformou em um clássico.
Game of Thrones não é apenas um fenômeno televisivo sendo a série mais pirateada e com o recorde de DVDs e Blu-rays vendidos por uma série de TV a cabo, já se transformou em um fenômeno cultural. Foram vendidos mais de 15 milhões de livros em mais de 20 idiomas, que ajudaram a dar visibilidade e a mudar a fantasia adulta, a língua dorhraki conta com mais de 2500 palavra no seu léxico e diversos adeptos pelo mundo, a série virou referência para outras produções:  até Os Simpsons tiveram sua abertura à la Game of Thrones. Além de inúmeros produtos relacinados a ela: jogos de video game, de rpg, de tabuleiro, bonecos e adaptações para graphic novel. GoT tem também possui um enorme fandom, com debates sobre as varias teorias sobre personagens e fatos ainda não totalmente reveldo, são bem presentes também na vida do autor, inclusive com protestos acaloradoas na internet devido a demora de publicação entre um livro e outro e algumas alterações feitas na série de TV.
Cada temporada possui 10 episódios, a terceira temporada começou em 31 de março e está sendo transmitida simultaneamente nos EUA e no Brasil. A série já foi renovada para a quarta temporada.
Agora que você já sabe o que está perdendo comece a assistir imediatamente, pois os ventos estão esfriando e isso significa que “O Inverno está Chegando”.

"Quando se joga a Guerra dos Tronos, você vence ou morre!"
Trecho retirado da série

domingo, 23 de dezembro de 2012

As Vantagens de Ser Invisível




Como é se sentir sozinho, isolado, sem amigos? Como é se sentir invisível?

Para Charlie não é nada fácil. No filme As Vantagens de Ser Invisível Charlie (Logan Lerman) nos conta sua história através de cartas enviadas a um desconhecido (que poderia ser eu ou você), as vezes triste as vezes alegre. Ele é um menino entre seus 15 e 16 anos que acaba de entrar para o ensino médio, mas tem uns fantasmas para superar: sua timidez, suas inseguranças, a depressão desenvolvida após o suicídio do seu melhor amigo e, por isso,  o que lhe causa maior tristeza é a solidão, não poder fazer parte de uma turma, não ter com quem sentar no refeitório, nem com quem dividir seu gosto por literatura e música. Além de tudo isso Charlie carrega consigo um tráuma e uma culpa enorme que o leva a um comportamento suicida. No entanto, Charlie não quer que seus mais de 3 mil dias de aulas restantes sejam sempre tão solitários. Porque Charlie deseja, acima de todas as coisas, companhia.

As coisas começam a mudar para ele quando Patrick (Ezra Miller) e Sam (Emma Watson) cruzam o seu caminho e são capazes de oferecer a Charlie tudo aquilo que ele tanto almejava.

Patrick é gay, namora um jogador de futebol americano que não quer assumir o relacionamento.

Sam, menina bonita, por vezes ingênua, com um passado meio promíscuo e que segundo Charlie não se dá o valor que merece.
Emma e Logan deixando Hermione e Percy para trás
Com essa amizade Charlie passa curtir essa fase vida, e junto com ele passamos a presenciar momentos iluminados e de beleza simples e encantadora. Charlie dá o primeiro beijo, se apaixona a primeira vez, se droga, vai a festas e faz tudo que não seria possível fazer sozinho.



O longa ganha muito pontos pelo elenco. O trio principal está incrível e rola muita química entre eles. Logan Lerman segurou bem esse personagem tímido e que carrega tanta dor consigo. Emma Watson, linda para variar, surge encantadora e dá um frescor a sua interpretação que torna impossível não se apaixonar por Sam. Por último, mas não menos importante, Ezra Miller impecável – repare nele na cena da peça teatral. O filme ganha mais pontos ainda no que tem de melhor: o roteiro escrito pelo diretor Stephen Chbosky baseado no livro homônimo também de sua autoria. Os diálogos do filme são um primor e de uma profundidade raramente encontrada em filmes desse tipo.

Agora pergunto a você: será que não existe em alguma parte sua um pouco do Charlie? Será que você também não deseja as mesmas coisas que ele? Porque em mim há sim!

                Sou como Charlie, preciso de amigos para me sentir vivo e parte do mundo.

Amizade, aquele sentimento que estranhamente nos faz sentir inteiros, completos – ou como diz Charlie – nos faz sentir infinitos. Amigos são aqueles que mesmo sem saber nos serve de apoio para que não caiamos no abismo que se encontra em nosso interior, sejam aqueles amigos bem próximos, aqueles que vemos diariamente, aqueles que não vemos com tanta frequência, os amigos virtuais, os amigos que não conhecemos – como o destinatário das cartas de Charlie.

Poucas foram as histórias que me tocaram e me marcaram tanto, na qual agora se inclui As Vantagens de Ser Invisível. E isso aconteceu pela forma tão sensível com que temas tão fortes foram tratados: drogas, sexo, homossexualidade, descobertas, medos, traumas, mas principalmente a amizade. Amei o filme, ele já é de longe um dos meus preferidos. Há muito tempo não ficava tão comovido e enternecido por uma história.

E ao final descobrimos, juntamente com Charlie, as vantagens de ser notado. As vantagens de ser visto.

Bem-vindo à turma!



“Eu sei que tem pessoas que dizem que essas coisas não acontecem, e que isso serão apenas histórias um dia. Mas agora nós estamos vivos. E nesse momento, eu juro. Nós somos infinitos.”

Trecho retirado do filme



The Perks of Being a Wallflower (EUA, 2012). Drama, romance. Cor. 102 min.
Direção:
Stephen Chbosky.
Elenco:
Logan Lerman, Emma Watson, Ezra Miller.

Notas: IMDb 8.4 em 10, Metacritic 67 em 100