Três Vezes Amor

O amor não é uma linha reta, mas sim uma linha tortuosa e cheia de curvas. Até mesmo para Ryan Reynolds que nesta comedia romântica se vê as voltas com os encontros e desencontros, com as idas e vindas do amor (me desculpem pelos trocadilhos com outros filmes, HAHA) de três mulheres.

Ryan é Will Hayes um assessor político que vive com sua filha Maya que após uma aula de educação sexual na escola passa a investigar seu pai a respeito de como ela foi concebida, mas sem eufemismos, ela que a história real desde o dia em que ele conheceu sua mãe até o dia em que se separaram.

Will então propõe um jogo ele conta a história, mas irá trocar os nomes das mulheres e Maya terá que descobrir qual das três mulheres, pelas quais ele foi apaixonado, é sua mãe. Ele começa a contar a história e assim como ele nos apaixonamos, desgostamos, voltamos a nos apaixonar e torcer pela nossa preferida entre suas três namoradas.

A primeira é Emily (Elizabeth Banks) namorada da faculdade de quem fica um tempo distante, pois Will sai de Wisconsin para Nova York a fim de trabalhar em uma campanha eleitoral, neste tempo em que se encontram distantes, Will chega à convicção de que Emily é realmente a mulher de sua vida e quando ela anuncia que irá a Nova York visitá-lo ele decide pedir sua mão em casamento, porém ele descobre que ela o traiu com seu amigo de faculdade.

A segunda é Summer (Rachel Weisz) uma jornalista que tem um caso com um professor e tem uma visão de relacionamento amoroso bem distante das de Will. Deixando bem claro que suas ambições profissionais são mais importantes que o bem estar dele.

A terceira e última é April (Isla Fisher) a menina do xerox e melhor amiga de Will durante sua estadia em Nova York, os dois vivem brigando mas não conseguem ficar muito tempo afastados um do outro. Devo confessar que ela é minha preferida e por quem eu torci durante doto o filme.

Cada uma delas aparece em um momento diferente da vida de Will e por isso adquirem diferentes pesos em sua história, assim como na vida real, algumas pessoas são lembradas com mais carinho.

No final, claro, Maya descobre quem é sua mãe.

Por ser uma comedia romântica, o filme não apresenta grandes novidades, os clichês estão lá assim como o final previsível. Mas a partir do momento em que pegamos um filme assim pra assistir já estamos conscientes disso tudo, o que temos a fazer então é embarcar na história e deixar-se envolver, afinal em um sábado à tarde quem não curte uma sessão de filme descompromissada, né? Os personagens não ganham grandes contornos e profundidades psicológicas e dramáticos, mesmo assim conseguem nos conquistar, devido ao roteiro bem redondo e com ambientação histórica de um período que com certeza todos se lembram.

Apesar de o filme girar em torno de Will Vivido por Ryan Reynolds, lindo e encantador como sempre, quem rouba a cena, como em todo filme em que ela aparece, é Abigail Breslin que aqui vive Maya. Mais uma vez ela prova - assim como em Pequena Miss Sunshine, filme no qual concorreu ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante com apenas 10 anos e perdeu para Jennifer Hudson (uma sacanagem vamos combinar) e em Uma Prova de Amor – ser uma grande atriz que é sempre emocionante e uma graça de se ver. É incrível com acho ela sempre tão natural em suas emoções e consegue transmitir uma verdade tocante e carismática.

Três Vezes Amor nos mostra que nas histórias de amor o momento e a pessoa têm seu tempo certo e que se apaixonar é sempre válido, apesar de às vezes machucar. O mais importante, no entanto, é ver que as loves stores possuem mais de um final. E que estes finais podem sim serem felizes.

“O coração humano tem tesouros ocultos.

No segredo mantido, no silêncio selado,

os pensamentos, as esperanças, os sonhos,

os prazeres, cujo charme se romperia se revelado”

Trecho retirado do filme.

Definitely, Maybe (Três Vezes Amor )(EUA, 2008). Comédia Romântica. Cor. 112 min. Universal Pictures.
Direção: Adam Brooks.
Elenco: Ryan Reynolds, Isla Fisher, Rachel Weisz, Elizabeth Banks, e Abigail Breslin.